terça-feira, 7 de março de 2017

Alteração Estrutural em Fachada Residencial

Projetos estruturais para ampliações ou reformulações de fachadas são delicados pela dificuldade em utilizar a estrutura já existente quando não temos o projeto estrutural original.

Nesta obra a arquiteta Cristiane Barnabé solicitou a criação de uma estrutura engastada na fachada servindo de cobertura para a porta principal com um nicho onde será a passagem do caule de um coqueiro.


O desafio foi estruturar e dimensionar a laje somente após identificar os elementos estruturais existentes, o que só foi possível depois do início dos trabalhos da equipe executora, providenciando a retirada do reboque em pontos estratégicos.



Ao identificar os pilares existentes iniciamos o dimensionamento da laje já sabendo os pontos de engaste da estrutura. 



As dimensões exageradas das vigas externas somente foram necessárias para o efeito estético do projeto arquitetônico. Como a laje faceia as vigas externas por cima, optamos em trabalhar com vigas robustas pela dificuldade de execução do enchimento abaixo da viga para dar as dimensões arquitetônicas necessárias,



Optamos em criar um engaste com arranques para o nascimento de uma viga cruzando a laje perpendicular à face da fachada para sustentar a viga A, que por sua vez, sustenta a viga B.


Fizemos a laje tipo pré moldada com placas de isopor para reduzir o peso próprio.




O resultado atendeu às necessidades do cliente e da arquiteta, de forma a estabelecer um resultado x custo dentro das expectativas.

Projeto Estrutural: Eng. Ricardo Candello

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

CINE MARROCOS

Inaugurado em 25/01/1951, não coincidentemente com a data de aniversário da cidade de São Paulo, o Marrocos nasceu num momento de grande efervescência da arte do cinema na cidade. A sala de exibição possuía capacidade para 1870 convidados.

Abaixo a transcrição do texto original e integral do periódico CINE REPÓRTER (Fev. 1951) que detalha toda a grandeza e luxuosidade do Marrocos em sua inauguração:

" E AÍ ESTÁ O MONUMENTAL "MARROCOS"

A INAUGURAÇÃO DO MELHOR E MAIS LUXUOSO CINEMA DA AMÉRICA DO SUL

O que há de notável na casa de espetáculos da Rua Conselheiro Crispiniano - Distinção, conforto, perfeição técnica - A decoração em motivos das "Mil e Uma Noites - Dois mil lugares, magníficas poltronas recuáveis, ar condicionado- Fonte luminosa, moderno revestimento de espelhos, bar no salão de espera (este, um ponto de reunião da sociedade paulista) - A cabine e sua aparelhagem - O filme de estréia e os "selos" que serão consagrados.





No dia de S. Paulo - quando a cidade-milagre se comovia e se orgulhava com mais uma festa aniversária - foi entregue ao público o majestoso, o monumental MARROCOS, que é o melhor e o mais luxuoso cinema da América do Sul.




Erguendo-se no belíssimo prédio que recentemente se construiu na Rua Conselheiro Crispiniano (proximidades da sede do 2º R.M.), o MARROCOS é de propriedade, projeto e construção da Construtora Brasília, com engenheiro responsável Nelson Paulo Scuracchio e arquiteto projetista João Bernardes Ribeiro, estando arrendado à Empresa Brasileira de Cinemas, de que são diretores os Srs. Lucídio Calio Ceravolo, veterano e arrojado cinematografista, e o Dr. Mauro Pais de Almeida e Sebastião Pais de Almeida.

UM "SLOGAN" QUE NÃO MENTE

Quem visita a magnífica casa de espetáculos se convence inteiramente de que o MARROCOS merece o "slogan" que o anuncia: -"o melhor e mais luxuoso da Amperica do Sul."

Já à entrada impressiona a ampla escadaria de mármore branco que dá acesso ao "hall" de entrada do cinema, guardado por imponentes e aristocráticas colunas também revestidas de mármore e que dão um aspecto cheio de grandiosidade ao conjunto arquitetônico. Do "hall" de entrada atingem-se as bilheterias internas, localizadas de forma a facilitar a compra dos ingressos sem necessidade de apertos e confusão.




FONTE LUMINOSA, BAR E BELO SALÃO PARA REUNIÕES DA SOCIEDADE PAULISTA

Após as bilheterias situa-se um belíssimo átrio, ornamentado com uma fonte luminosa, em permanente funcionamento, o que irá emprestar um aspecto fidalgo e distinto ao ambiente. Desse átrio saem às escadarias que dão acesso aos balcões, enquanto os espectadores da platéia encontram pela frente um amplo e acolhedor salão de espera, capaz de conter grande número de pessoas dentro das maiores exigências de conforto e bem estar. Um espaçoso "bar" localiza-se à esquerda de quem entra, tendo à frente numerosas mesinhas e cadeiras, dispostas a proporcionar agradáveis momentos aos que esperam o início da sessão ou aguardam amigos ou familiares. Será esta uma característica inteiramente inédita em matéria de cinema entre nós e, certamente, virá contribuir para prolongar por agradáveis momentos, os encontros entre amigos e conhecidos nos intervalos das sessões, fazendo do salão de espera do "Marrocos", o ponto de reunião da nossa sociedade.


A DECORAÇÃO

A decoração do "Marrocos", que esteve a cargo de Jacques Monet e Nizet, revestiu de uma personalidade senhoril e de grande distinção o "hall" de entrada, guarnecido por imponentes espelhos, onde artísticos desenhos irão apresentando os cartazes dos filmes em exibição e por estreal. A mesma guarnição de espelhos reveste o salão de espera, enquanto no átrio, juntamente com a fonte luminosa, encontramos um painél em alto relevo, contando em termos incisivos a história do cinema em suas diversas fases. Os desenhos do piso, de originalidade e concepção extraordinariamente delicadas, são apresentados em bronze e repetidos na mesma disposição, na decoração do teto e nas artísticas cantoneiras dispostas sob os espelhos.


A parte de aplicações, tapeçaria, cortinas e palco estiveram a cargo desse experimentado profissional que é ao mesmo tempo um artista consagrado por excelentes trabalhos que valorizam os mais categorizados cinemas do Brasil - José Maestre.


O EXCEPCIONAL SALÃO DE EXIBIÇÕES - A CABINE - AS POLTRONAS RECUÁVEIS

O salão de exibições do "Marrocos" é de extraordinária amplitude, conportando dois mil espectadores sentados, possuindo poltronas estofadas do novo tipo recuáveis, que dão maior conforto e aproveitam melhor o espaço. Possui a maior e mais perfeita instalação de aparelhos projetores de todo o Brasil, SIMPLEX XL, fornecidos por R. Ekerman e dispõe de ar condicionado Carrier, tela de vidro e visibilidade perfeita de todos os seus pontos. A decoração da sala de projeção foi baseada em motivos das lendas árabes das "Mil e Uma Noites", em delicados tons que combinam perfeitamente com o conjunto geral.




O FILME INAUGURAL

O novo e majestoso cinema entregue ao público paulistano apresentou o filme "Memórias de um Médico / Black Magic" (1949), produção executiva de Edward Small, com Orson Welles e Nancy Guild, secundados por Akim Tamirof e Valentinna Cortese, além de grande elenco, com argumento baseado na célebre novela de Alexandre Dumas, em distribuição da United Artists.

Serão lançadores no cine "Marrocos", a França Filmes do Brasil, a United Artists, a Eagle-Lion, a U.C.B. e várias outras. Os lançamentos do "Marrocos" serão alternados semanalmente com as estréias do cine Oasis, simultaneamente com os cines Sabará, Vogue, Jaraguá, Carlos Gomes, Ipiranga, Palácio, Santo Antonio e Pedro I.


O cinema com que o Brasil sonhou aí está: - é o MARROCOS. E necessariamente tinha que se ligar ao importante acontecimento o nome de um cinematografista autentico: LUCIDIO CERAVOLO.

No dia 24, à tarde, autoridades, elementos da sociedade paulista, cinematografistas e imprensa foram fidalgamente recebidos no MARROCOS. Uma agradável reunião, sem dúvida. Foi servida uma taça de champanha. Ao microfone houve um desfile de impressões sobre a sala exibidora. Iniciou-se, por convite especial, o diretor de CINE - REPORTER, Antenor Teixeira.



 DE GRANDIOSO À DECADENTE

As décadas de 40 e 50 foram de profundo crescimento arquitetônico no centro da capital, local onde concentrava-se os principais pontos boêmios e comerciais. Os cinemas alí eram cerca de 30, fato que tornou a região conhecida como a Cinelândia Paulista.



A vida cultural na região era efervescente, Na Avenida São João e transversais ficavam vários salões de dança. Na Avenida Ipiranga e imediações, espalhavam-se cabarés e boates. No chamado Centro Novo havia também o Theatro Municipal (grafado como na época, com "Th") e a Biblioteca Mário de Andrade, o Colégio Caetano de Campos, o Museu de Arte de São Paulo (MASP), teatros, bares, livrarias, hotéis, estúdios das principais emissoras de rádio e redações de jornais.

O auge do Marrocos se deu em 1954, quando foi sede do I Festival de Cinema do Brasil, parte das comemorações do IV Centenário de São Paulo. Ao longo do evento, passaram pelas escadarias grandes estrelas hollywoodianas como Errol Flynn, Edward G. Robinson, Joan Fontaine e Fred McMurray, bem como nomes do cinema europeu como o cineasta austriaco Eric Von Strohein, o francês Abel Gance dentre outros. Na tela foram projetados filmes que se tornariam clássicos do cinema: Noites de Circo, de Ingmar Bergmann (marcando a primeira consagração internacional do cineasta sueco), A Grande Ilusão, de Jean Renoir, Crepúsculo dos Deuses, de Billy Wilder etc.

O centro da cidade, incluindo a Avenida São João, começou a dar os primeiros sinais de deterioração ainda no fim dos anos 1950. A Avenida Paulista recebia os primeiros edifícios e conjuntos comerciais e atraiu a instalação de escritórios, consultórios médicos, lojas e cinemas, antes situados no Centro Novo. Depois da construção do Elevado Presidente Costa e Silva, o “Minhocão”, em 1970, a degradação da São João se acentuou rapidamente e mesmo o trecho não encoberto pela via elevada foi afetado. 

Aos poucos, os cinemas perderam os antigos frequentadores, também atraídos pelas novas salas inauguradas na Avenida Paulista. Para não fechar as portas em definitivo, muitos cinemas passaram a exibir filmes pornográficos. Outros encerraram suas atividades e destinaram as antigas salas a usos diversos, como estacionamentos, igrejas e bingos. O Cine Ipiranga foi o único que resistiu por mais tempo, exibindo filmes do circuito comercial até 2005.

Depois de passar por outros proprietários, o Marrocos atingiu sua decadência maior na década de 70, exibindo filmes pornôs e no início dos anos 90 fechou as portas. Houve diversos planos para reativar o cinema, todos frustrados, e o edifício acabou sendo comprado pela prefeitura de São Paulo com a intensão de instalar ali a sede da Secretaria Municipal de Educação.

A história do Marrocos mudou em 2013 quando integrantes do MSTS, que já ocupavam o antigo Museu do Disco na mesma rua, pularam uma grade, driblaram dois seguranças sonolentos e ocuparam o edifício. Estenderam faixas com as siglas do movimento, levantaram tapumes e se estabeleceram no local.

A maioria dos moradores ocupou o edifício acima do cinema, com suas quatro torres de 12 andares, transformando as antigas salas comerciais em quitinetes improvisadas. Uma parcela menor de ex-moradores de rua em situação de vulnerabilidade social se instalou no hall de entrada e no saguão do antigo cinema, em quartos provisórios montados com divisórias de escritório.

Em meio aos tapumes, aos grafites e à tralha acumulada, ainda é possível vislumbrar os vestígios do grandioso cinema: paredes vermelhas com esculturas de gesso em alto-relevo, antigas colunas espelhadas, escadarias de mármore que levam à antiga sala de projeção (que mantém dois empoeirados projetores Triumph) e um buraco onde antes ficava a já citada fonte de água luminosa.

Não é preciso ler as obras completas de Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Hollanda para enxergar ali um microcosmo da realidade brasileira: um cenário que mistura ostentação e decadência, ficção e realidade, o passado da elite cultural e o presente de luta social, os fantasmas dos atores hollywoodianos e os herdeiros da miséria paulistana.

CINE MARROCOS - O DOCUMENTÁRIO

Em maio de junho de 2015, a sala abrigou as filmagens do documentário Cine Marrocos, dirigido por Ricardo Calil. A produção do filme reativou o cinema por uma semana, com tela, projetor e cadeiras provisórias. Depois de 61 anos, foram exibidos os mesmos filmes mostrados no Festival Internacional de Cinema de 1954. Dessa vez, porém, o público era bem diferente: em vez dos ilustres convidados hollywoodianos e europeus e da aristocracia paulistana, a platéia era formada por sem-teto brasileiros, africanos e latino-americanos. Após as exibições, a produção do documentário realizou uma oficina de interpretação com 25 moradores, na qual eles refizeram, como atores, cenas daqueles clássicos do cinema.

FONTES:
http://salasdecinemadesp.blogspot.com.br/
http://saopaulo-40s-50s-60s.blogspot.com.br/
http://www.gringo.fot.br/mies_portfolio/marrocos/
http://www.prefeitura.sp.gov.br/
http://revistatrip.uol.com.br/


terça-feira, 29 de setembro de 2015

Inspiração Decor: GUARDA CORPO EM INOX OU ALUMÍNIO

Inspiração Decor: GUARDA CORPO EM INOX OU ALUMÍNIO: Hoje vou mostrar para vocês algumas das diversas opções de modelos de guarda-corpo ou peitoril - como quiser chamar .  A escolha do mode...

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Evolução dos Projetos pelas Décadas

Algo que já sabíamos agora será provado. Quando temos oportunidade de visitar apartamentos antigos, de edifícios tradicionais como por exemplo os localizados em Higienópolis em São Paulo observamos que a área do imóvel é enorme. Podemos nos locomover pelos cômodos com muita tranquilidade, sem esbarrar na mobília.

Parece que nos sentimos bem, gostamos de ficar dentro de casa, diferente do que ocorre hoje em dia, quando nos deparamos com um final de semana prolongado por exemplo, queremos ir à algum lugar. Por que isso ocorre ?

Lamentavelmente hoje há uma necessidade de aproveitamento de área muito intensa. Tanto os terrenos quanto os apartamentos precisam ser aproveitados ao máximo. E não uso o termo "aproveitar" positivamente.

O metro quadrado das grandes cidades está cada vez mais concorrido e as construtoras precisam otimizar os espaços para conseguir colocar mais apartamentos dentro de uma mesma área.

O que isso pode trazer de consequência ?

Veja uma planta baixa de um apartamento de dois quartos da década de 1970.


Observe o espaço de circulação dos dormitórios. E entre a sala e a sala de jantar. A área de serviço também surpreende e nem falamos do quarto de empregada. Esse imóvel tem 100m2 com direito à varanda imensa.

Agora vamos para a década de 1980. Um mesmo apartamento de 2 dormitórios, já com 87,8m2. A redução dos cômodos é nítida, com comprometimento da circulação.


Década de 1990. Apartamento com 72,85m2, eliminado o quarto e banheiro de empregada. Redução significativa da varanda e a convivência já vai sendo drasticamente diminuída. A mesa de jantar já aparece com apenas 4 lugares espremida num canto. Cozinha e área de serviço comprometidas.

Como fazer aqueles almoços de família ?

Nos anos 2000 o layout já está parecido como que temos hoje em dia. Área de 73,76m2.


A redução na década de 2010 é gritante. Estima-se que a redução de área de apartamentos de dois quartos caiu 18% entre 2002 e 2014. Neste exemplo o apartamento tem área de 59,60m2.

Eliminação da mesa de jantar, trocada por bancada e a área de serviço praticamente sumiu.

Claro que não apenas reduziu-se a área interna, mas também as construtoras acabaram optando por áreas comuns mais atrativas e amplas, com grandes playgrounds, salas de cinema com sistema de Home Theater e grandes telas, áreas de lazer etc. Mas como mencionado no início, os apartamentos tornaram-se meramente lugares para comer, tomar banho e dormir.

Fonte: 
http://infograficos.oglobo.globo.com/economia/exemplos-de-plantas-de-apartamentos-de-dois-quartos-ao-longo-das-decadas.html 

terça-feira, 7 de abril de 2015

A Administração de Obra

Vários são os métodos de Administração de Obras, e gostaria de explanar especificamente o processo que utilizamos para gerenciar o andamento das equipes de trabalho.

Na construção civil o processo de execução, seja obra completa ou reforma, envolve várias equipes trabalhando sequencialmente e em alguns momentos simultaneamente. O papel do nosso escritório é seguir o cronograma físico-financeiro proposto inicialmente, trabalhando para reduzir custos, reduzir prazos conciliando as necessidades do cliente.

Buscando o melhor processo para equalizar os itens acima optamos pelo alinhamento de duas frentes de Planejamento, costumeiramente utilizadas na linha de produção das Indústrias e na Criação de Softwares. Estamos falando respectivamente do LEAN PRODUCTION e do SCRUM.






O LEAN PRODUCTION combina as vantagens da produção em massa com as da produção manual e, ao mesmo tempo, evita a rigidez da primeira e os elevados custos da segunda.

O SCRUM alia os conceitos LEAN com o desenvolvimento iterativo. Ao contrário dos processos tradicionais, no método SCRUM os requisitos podem ser atualizados com frequência  e definidos consoante à evolução do projeto.

Adiante daremos mais detalhes do funcionamento e eficácia do PLANEJAMENTO baseado nestas duas linhas de trabalho.





sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Falta de Água - Problema Crônico



2014 foi um ano de pouca chuva e falta d´água e não podemos esquecer dos transtornos que isso causou.  Estamos em períodos de chuvas e por conta disso não se fala em racionamento ou rodízio de água.



Janeiro de 2015 fechará com aproximadamente 45% menos chuvas que 2014. Isso representa uma estiagem entre abril e setembro mais grave que no ano anterior, ou seja, aquelas soluções que adotamos meses atrás de coletar água do chuveiro e máquina de lavar roupas para lavagem de quintal, banhos curtos e outras devem ser mantidas.




Porém existe a possibilidade de evitar transtornos como não ter água para tomar banho ao chegar cansado do trabalho ou o inconveniente de não conseguir lavar a louça por conta de racionamento.


Estamos trabalhando com Soluções em Armazenamento de Água. A mais simples seria o armazenamento de água da Concessionária em cisternas para que, mesmo nos momentos de pouca pressão você tenha a garantia de receber a água em sua residência ou comércio.

Agrega-se a isso o fato do aumento de capacidade de armazenamento, permitindo que os momentos de racionamento não afetem os afazeres diários.




Interessado ? Faça contato e agendamos uma visita para maiores detalhes.

sábado, 26 de julho de 2014

Ladrilhos Hodráulicos

As peças podem ser aplicadas em paredes, áreas internas e externas. Conheça os tipos, o material utilizado e todos os cuidados na hora do assentamento e armazenagem

Reportagem: Thays Tateoka
Edição 19 - Setembro/2008

                 
Divulgação: Dalle Piagge
Os ladrilhos hidráulicos fizeram muito sucesso nas décadas de 30 e 40 e, bonitos e versáteis (podem ser aplicados em várias áreas com diversos desenhos), começam a cair de novo no gosto das pessoas.  Por serem produzidos um a um, os ladrilhos são vendidos sob encomenda e é preciso cuidados extras na armazenagem e assentamento: as peças devem ser guardadas sobre paletes face a face e ser assentadas no estágio final da obra, para evitar que sujem ou quebrem devido à porosidade do ladrilho. A aplicação em calçadas e áreas públicas dispensa a resina protetora, mas a área também deve estar livre de sujeiras.

Normalmente o assentamento é feito com junta seca, sendo as peças colocadas próximas uma das outras. Caso o cliente opte pela colocação rejuntada, deverá utilizar rejunte especial fornecido pelo fabricante. Veja a seguir como assentar esse tipo de revestimento.

Fotos: Thays Tateoka


Desenhos e formasA partir da escolha do molde, é possível criar as mais diversas cores e paginações: borda, tapetes, contínuos, florais, patchwork* e acabamento de rodapé. No processo de montagem, o fabricante ou arquiteto deve fornecer a planta para facilitar o assentamento.
* trabalho artistico com retalhos e sobras









Fotos: Thays Tateoka











Características técnicas

Os ladrilhos hidráulicos são fabricados artesanalmente, em moldes de ferro. São feitos com cimento branco, quartzo, diabásio e pó-de-pedra. Podem ser coloridos normalmente com até cinco tons, com base em 30 cores de tinta.

Os produtos levam o nome de ladrilho hidráulico porque passam cerca de oito horas debaixo d'água para a cura.
A espessura das peças varia de  2 cm a 3 cm e o tamanho padrão  é de 20 cm x 20 cm com resistência à tração na flexão de até 5 MPa.
 
Os ladrilhos possuem alta durabilidade desde que a instalação e manutenção sejam feitas de acordo com a orientação do fabricante.

As normas técnicas dos ladrilhos são: NBR 9457 - Ladrilho Hidráulico; NBR 9459 - Ladrilho Hidráulico - Formatos e Dimensões; NBR 9458/86 - Assentamento de Ladrilho Hidráulico.


Passo-a-passo

Fotos: Marcelo Scandaroli
Material utilizado e equipamentos de segurança:
Luva, óculos de segurança, máscara, desempenadeira de aço, desempenadeira denteada, régua de alumínio de 1 m, colher de pedreiro, uma caixa de massa e trincha. Para o acabamento: rolo de pêlo curto, resina especial (fornecida pelo fabricante) e pano úmido alvejado limpo.



Fotos: Marcelo Scandaroli
Preparação do contrapiso
1 Com o contrapiso nivelado e limpo faça uma camada de argamassa de aproximadamente 1 cm de espessura. Utilize a caixa de massa para evitar sujar o espaço e a desempenadeira denteada. No caso de peças com tons claros como bege, branco e craft-claro, opte pelo uso de argamassa branca.




Fotos: Marcelo Scandaroli
Nivelamento das peças 2 O ladrilho possui de 2 cm a 3 cm de espessura e a diferença tolerável entre as peças é de até 2 mm.  Essa diferença deverá ser tirada durante o assentamento, colocando mais ou menos argamassa na face interior do ladrilho. Fique sempre atento para que as peças estejam com a mesma altura. Importante: certifique-se de que as pontas do ladrilho também estão com argamassa, para evitar que as peças trinquem depois de assentadas.



Assentamento
3 Pressione a peça para fixá-la. Nunca utilize martelo de borracha, pois o ladrilho pode trincar e marcar, ficando visível quando estiver molhado ou resinado. Caso haja respingos ou sobras, limpe imediatamente com esponja umedecida em água ou pano limpo para evitar que a argamassa seque e manche a peça. Se isso acontecer, será necessário passar levemente lixa d'água no 100.






Fotos: Marcelo Scandaroli
Acabamento
4 Limpe a peça com um pano bem úmido e espere secar. Passe lixa d'água nr. 100 bem de leve e depois com a trincha remova a poeira.





Fotos: Marcelo Scandaroli

 
Aplicação da resina
5 Utilize rolo de lã curto ou rolo de espuma para passar a resina, sempre no mesmo sentido (vaivém) e nunca em cruz. Serão necessárias três demãos, com intervalos de oito horas entre cada uma. É aconselhável também passar uma demão de cera industrial.
Obervação: após a primeira demão de resina, faça o reparo de pequenos espaços entre as peças com pó de rejunte. Limpe o  excesso com a lixa.



Fotos: Marcelo Scandaroli
Cuidados pós-assentamento
6 Certifique-se de que as peças estão niveladas. Libere a passagem sobre o piso após 12 horas. Caso não seja possível, cubra os ladrilhos com um plástico e, por cima, utilize papelão microondulado. Jamais coloque papelão ou jornal diretamente sobre o piso para não manchar.








Dicas importantes» Inicie a colocação dos ladrilhos puxando a linha para manter o caimento do contrapiso, alinhando e movendo o  esquadro normalmente

» Comece o assentamento pelo lado aparente para que, em caso de recortes, estes fiquem menos visíveis

» É ideal realizar o assentamento de até 1 m² por vez

» Em ambientes internos, você pode aplicar uma camada de resina  antes de realizar o assentamento. Para isso, limpe a peça, passe a resina e espere o tempo indicado de secagem. Com isso, haverá menos risco  de manchar a peça

» A manutenção posterior requer apenas água e sabão neutro e, se preferir, cera líquida incolor a cada 15 dias

Apoio técnico: Dalle Piagge
Fonte: http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/19/artigo103311-2.aspx